População brasileira
203.080.756
Evangélicos no Brasil
27,89% (56,6 mi)
Agregador AliançaLAB 2025
Evangélicos (por gênero)
🚹 44%
🚺 56%
Mapeando a Fé Evangélica: Insights a Partir do Agregador de Pesquisas com Dados Evangélicos
Mapeando a Fé Evangélica: Insights a Partir do Agregador de Pesquisas com Dados Evangélicos
O Agregador de Pesquisas com Dados Evangélicos traz à tona uma análise dinâmica do cenário religioso brasileiro em constante transformação. A ferramenta centraliza dados dispersos, revelando tendências e dinâmicas no campo religioso. Esta iniciativa oportuniza uma avaliação do cenário missiológico, especialmente nos períodos entre um censo e outro.
Abaixo, alguns destaques do APEDE v 0.1 que ilustram o panorama estatístico atual e suas implicações para a Igreja evangélica do futuro:

- Desaceleração do crescimento dos evangélicos: Segundo os dados tabulados pelo agregador, os evangélicos mostram um crescimento contínuo porém desacelerado, com aumento de sua participação de 22,2% em 2010 (último censo) para atuais 27,76%. Potencializado pela atuação pentecostal nas periferias, estratégias de expansão de Igrejas independentes e forte presença em meios de comunicação e política. Todavia no último triênio o grupo cresceu 5%, menos que nos períodos anteriores (12% em 2013-2015 e 2016-2020).

- Explosão dos “sem religião”: Comparado aos demais grupos, os “sem religião” foram os que mais cresceram relativamente: 65% em relação a 2010, Segundo os dados coordenados pela agregador. O segmento quase dobrou de tamanho (de 8% para 14,41%, segundo o agregador). Ao longo dos séculos, a substituição de uma religião nacional por outra, de origem exógena e mais fragmentada, pode desencadear um movimento centrífugo capaz de diluir e ressignificar identidades religiosas e, em alguns casos, precedendo uma maior adesão à não religiosidade ou a espiritualidades mais individualizadas. O fenômeno está alinhado às tendências globais de secularização, especialmente em contextos urbanos e entre jovens. Se os “sem religião” seguirem a taxa de crescimento atual, em 2030 (em um possível novo Censo do IBGE) eles representarão aproximadamente 20% da população brasileira.
- Estagnação e queda acelerada do catolicismo: Devido a fatores como envelhecimento da base de praticantes, menor adesão de novas gerações e mudanças nos padrões sociais. O percentual de católicos apresentou uma trajetória de queda consistente desde 2012, saindo de um patamar de aproximadamente 65% para 48% em 2024, segundo o agregador. Pode-se afirmar que um potente sinal da Transição Religiosa no Brasil: pela primeira vez em 500 anos o catolicismo representa menos da metade da população brasileira.
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Chiroma, Livan. Mapeando a Fé Evangélica: Insights a Partir do Agregador de Pesquisas com Dados Evangélicos. Aliança Evangélica Brasileira, Brasil, 2025.
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Livan Chiroma – Teólogo, Comunicólogo e Cientista Social – com ênfase em antropologia (UNICAMP), pesquisador da área da demografia das religiões. Participante da coordenação do AliançaLAB. [email protected]
Origem Religiosa dos Evangélicos em SP
Você já se perguntou se quem chega a uma igreja evangélica já teve outra fé antes? Compreender de onde vêm os novos evangélicos ajuda tanto para analisar a biografia religiosa dos fiéis, quanto no planejamento de sua missão.
A análise da estatística de pesquisa realizada em 2024 pelo instituto Datafolha revela as dinâmicas de origem dos evangélicos paulistas diante de diferentes gerações.
Na faixa dos 60+, 62% dos indivíduos vieram de dentro do catolicismo, enquanto 31% afirmam não ter tido religião anteriormente.
Já entre as gerações mais jovens (18 a 24 anos), 81% não tiveram nenhuma formação religiosa prévia e apenas 11% dos convertidos vêm do catolicismo. Essa inversão de percentuais mostra que a herança católica, que por muito tempo foi dominante, cedeu espaço para um cenário onde o ambiente secularizado predomina entre os novos convertidos.
Outras tradições religiosas – como Umbanda, Candomblé, Espírita, Budismo e a categoria “Outras” – apresentam números reduzidos em todas as faixas etárias, variando entre 0% e 5%.
Enquanto as gerações mais velhas estavam inseridas num contexto de transmissão religiosa possivelmente familiar e institucional, as gerações mais jovens crescem em um ambiente onde estas tradições têm menor influência.
Os dados sugerem a necessidade de métodos que dialoguem com uma realidade onde as novas gerações chegarão às comunidades sem um histórico religioso consolidado. Logo, pode-se destacar o desenvolvimento de iniciativas intergeracionais que permitam a integração do legado dos fiéis mais antigos com as demandas de um público que busca uma experiência de fé mais dinâmica.
Em resumo, os números não apenas quantificam uma mudança nas origens religiosas dos evangélicos paulistas, mas também apontam para o desafio em unir o valor histórico da tradição com a composição de um novo imaginário protestante em uma realidade brasileira cada vez mais secularizada.
Por fim, o agregador de pesquisas do AliançaLAB apontou que o grupo dos Sem Religião apresentou crescimento expressivo desde o último censo (2010). Neste contexto, de acordo com a tendência, considerando a idade média de conversão, é possível antever que os novos discípulos de Jesus no Brasil virão de um contexto com formação religiosa cada vez menor.
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O Aliança LAB é um Laboratório de Pesquisas e Inteligência Missional desenvolvido pela SEPAL e Aliança Evangélica Brasileira, comprometidas com a produção de dados quali-quantitativos sobre a religião e seus impactos na sociedade brasileira, a análise destes dados e a geração de estratégias para desenvolvimento da Missio Dei pela igreja, em seus diversos segmentos. Conheça mais sobre nosso trabalho e envolva-se. Acompanhe as redes sociais da @missaosepal, @aliancaevangelicabr e @martureocrm